UFABC 2006 - 2007 – Questão 23

Linguagens / Português / Língua e Funções / Interpretação de texto
CARTA ABERTA SOBRE MOVIMENTO GREVISTA NO ABC PAULISTA
São Paulo, 2 de abril de 1980
Mãe,
Tudo errado nesta greve dos metalúrgicos. 
Ninguém ouviu as instruções do ministro do Trabalho? Alguém entendeu que, para ser legal, é preciso que não haja incitamento, isto é, que a greve seja espontânea? Então aprendam rapidamente as regras do jogo.
Vamos dizer que você acorde de manhã e, vendo que não tem café nem pão, resolve parar de trabalhar até ter o que comer.
Se calhar de os 150 mil metalúrgicos terem a mesma idéia, ao mesmo tempo, na mesma hora, ficará caracterizada a greve espontânea.
Mas, se o tom de voz usado for acima de 0,2 decibéis ou for acompanhado por um cruzar de braços, ficará evidenciado o incitamento.
Comunicar tal decisão através de folhetos, circulares, reuniões, concentrações, utilizar megafones, apitos (...) é incitamento dos baitas.
Sim! Desmaiar por fome ou mostrar dedos amputados por tornos é incitamento justificável, mas que, devido ao seu grande apelo, será o mais vigiado. (...)
Henfil
Henfil, Cartas da mãe. 1980.
Na década de 1980, Henfil mostra, na carta à sua mãe, seu ponto de vista sobre fatos ocorridos na região do ABC. Nessa carta, ele expressa
a) concordância com a proibição do movimento grevista.
b) repúdio à desordem social praticada pelos metalúrgicos.
c) censura aos grevistas por criarem pretexto para a greve.
d) crítica em relação ao tipo de greve permitido pelo governo.
e) apoio à greve espontânea defendida pelo ministro do Trabalho.

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