Os fragmentos abaixo, extraídos do livro de Cláudio Napoleone, contrapõe dois grandes pensadores do século XVII. Ao final da leitura, busque a alternativa que identifique corretamente esses pensadores e suas propostas.
I. (Para esse pensador deveria haver) um estado natural,no qual cada comportamento humano somente possui como objetivo a mera auto conservação, ou egoísmo,de cada indivíduo, e do qual, se alguma vez se tornar possível sua realização integral, decorreria uma guerra geral e desagregadora entre os seres humanos.
II. (Já para este pensador, segundo Napoleone) o estado natural é essencialmente bom, e a existência de contrastes independentes de uma perversidade natural dos homens, tendo a ver, isto sim, com uma espécie de avareza da natureza física. O Estado se apresenta,então (...) não como a fonte da sociedade civil, mas sim como a simples garantia de sua propriedade.
Napoleone, C. – Smith, Ricardo, Marx: considerações sobre a história do pensamento econômico/ Claudio Napoleone; tradução de José Fernandes Dias. – Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985. 4ª(Biblioteca de economia; v. n. 4) p.40 a 42
a) O primeiro fragmento refere-se a Thomas More, que buscou em sua obra principal, Utopia, entender os homens como naturalmente desiguais. Já o segundo refere-se, provavelmente, a Adam Smith, que criticava a individualidade exacerbada dos seres humanos.
b) O primeiro fragmento pode ser atribuído a Bakunin, por exemplo, já que percebemos um teor claramente anarquista. Já o segundo pode ser atribuído a Marx,uma vez que versa sobre a bondade humana natural e incontestável.
c) O primeiro fragmento lembra o pensamento hobbesiano, uma vez que se argumenta existir um estado natural, no qual os homens, desprovidos de controle, poderiam transformar o convívio entre eles numa guerra total. Já o segundo pode ser uma proposta lockiana, já que, para este autor, o estado natural seria composto essencialmente pela bondade, devendo o estado civil dar contornos e limites à liberdade e à propriedade.
d) Ambos os fragmentos podem ser inseridos no mesmo contexto iluminista, pois pensam essencialmente em liberdade individual e de expressão como direitos naturais do homem.