O gráfico e a reportagem a seguir estão relacionados a uma das temáticas mais importantes no mundo atual: a
imigração.
"SOMOS FRANCESES, MAS NÃO FRANCESES DE
VERDADE”.
Manifestantes da comunidade de imigrantes incendiaram centenas de carros e vários estabelecimentos comerciais durante a noite desta sexta-feira (04/11) nos subúrbios pobres de Paris. Um incêndio a sudoeste da capital francesa, em Trappes, consumiu um pátio de estacionamento com 27 ônibus. (...)
Nas noites anteriores houve episódios nos quais os policiais utilizaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, e alguns manifestantes responderam com tiros de munição real. Os distúrbios se espalharam por várias outras cidades na noite de quinta-feira, tendo havido ataques similares na cidade de Dijon, no norte da França, e em Marselha, na costa mediterrânea. Thomas Crampton e Katrin Bennhold
(Divulgado pelo NIEM - Núcleo Interdisciplinar de Estudo Migratórios - UERJ. Uol. Mídia Global, 05/11/2005.)
As principais causas para a mudança verificada no gráfico, a partir de meados dos anos 1970, e a correspondente consequência que ajuda a compreender os problemas atuais da imigração estão apontadas em:
a) crise do modelo produtivo fordista que reduziu a utilização de mão-de-obra, dificuldade de integração dos imigrantes, aumentando sua segregação.
b) elevação do crescimento vegetativo nacional, aumento dos gastos sociais do Estado, resultando em menor demanda de mão-de-obra.
c) término da Guerra Fria - crescimento político da extrema-direita, favorecendo a adoção de medidas de restrição à entrada de imigrantes.
d) consolidação da União Européia - utilização crescente da mão-de-obra européia, substituindo os imigrantes das nações subdesenvolvidas.
e) A política francesa de total integração social e econômica dos imigrantes, principalmente os do norte da África.