FGV Economia 2010 – Questão 39

Linguagens / Português / Semântica / Propriedades Intersígnicas
Vários estudos têm alertado que tanto a população da Terra quanto seus níveis de consumo crescem mais rapidamente do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. Um dos mais recentes, o relatório Planeta Vivo, elaborado pela ONG internacional WWF, estima que atualmente três quartos da população mundial vivem em países que consomem mais recursos do que conseguem repor. (...)
Segundo o estudo do WWF, o colapso ambiental pode custar ao mundo US$ 4,5 trilhões por ano em reparações. E, apesar das promessas de que o crescimento do PIB reduziria a pobreza, as desigualdades econômicas se mantêm: a cada US$% 160 milhões produzidos no mundo, só US$ 0,60 chega efetivamente aos mais pobres.
“O argumento de que o crescimento econômico é a solução já não basta. Não há recursos naturais para suportar o crescimento constante. A terra é finita e a economia clássica sempre ignorou essa verdade”, afirma o ecoeconomista Hugo Penteado, autor do livro Ecoeconomia – Uma nova Abordagem. (...)
Para a ecoeconomia, é preciso parar de crescer em níveis exponenciais e reproduzir – ou “biomimetizar” – os ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve caminhar para ser cada vez mais parecida com os processos naturais. “A economia baseada no mecanicismo não oferece mais respostas. É preciso encontrar um novo modelo, que dê respostas a questões como geração de empregos, desenvolvimento com qualidade até mesmo uma desmaterialização do sistema. Vender serviços, não apenas produtos, e também produzir em ciclos fechados, sem desperdício”, afirma Paulo Durval Branco, professor da Escola de Conservação Ambiental e Sustentabilidade.
Segundo Branco, embora as empresas venham repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra, são pouquíssimas as que fizeram mudanças efetivas em seus modelos de negócios. O desperdício de matérias-primas, o estimulo ao consumismo e a obsolescência programada (bens fabricados com data certa para serem substituídos) ainda ditam as regras. “Mesmo nas companhias que são consideradas vanguarda em sustentabilidade, essas questões não estão sendo observadas. O paradigma vigente é crescer, conquistar mais consumidores, elevar o lucro do acionista.”– afirma Branco.
(O Estado de S.Paulo, 15.05.2009. Adaptado)
Assinale a alternativa que explica, correta e respectivamente, no contexto, o sentido das expressões em destaque no 4º e 5º parágrafos do texto:
a) níveis explicativos … depuração programada … formatação vigente.
b) níveis confiáveis … abordagem programada… propósito vigente.
c) níveis exagerados … transição programada … tática vigente.
d) níveis significativos … invalidação programada … padrão vigente.
e) níveis insuspeitos … composição programada … tendência vigente.

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É necessário corrigir a grafia dos termos destacados na frase: a) A rispidez de suas palavras magoou-nos profundamente. b) Ele é um homem sisudo, mas não chega a ser rabugento. c) As pessoas benquistas costumam irritar as ressentidas. d) Impõe-se a contensão de despezas para este orçamento. e) A concisão do texto dificulta discernir os detalhes.
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