ENEM PPL Linguagens e Humanas 2021 – Questão 44

Linguagens / Português
Espaço e memória
     O termo “Na minha casa...” é uma metáfora que guarda múltiplas acepções para o conjunto de pessoas, de adeptos, dos que creem nos orixás. Múltiplos deuses que a diáspora negra trouxe para o Brasil. Refere-se ao espaço onde as comunidades edificaram seus templos, referência de orgulho, aludindo ao patrimônio cultural de matriz africana, reelaborado em novo território.
       O espaço é fundamental na constituição da história de um povo. Halbwachs (1941, p. 85), ao afirmar que “não há memória coletiva que não se desenvolva em um quadro espacial”, aponta para a importância de aspecto tão significativo no desenvolvimento da vida social.
       Lugar para onde está voltada a memória, onde aqueles que viveram a condição-limite de escravo podiam pensar-se como seres humanos, exercer essa humanidade e encontrar os elementos que lhes conferiam e garantiam uma identidade religiosa diferenciada, com características próprias, que constituiu um “patrimônio simbólico do negro brasileiro (a memória cultural da África), afirmou-se aqui como território político-mítico-religioso para sua transmissão e preservação” (SODRÉ, 1988, p. 50).
BARROS. J. F. R Na minha casa. Rio de Janeiro: Palias, 2003.

Na construção desse texto acadêmico, o autor se vale de estratégia argumentativa bastante comum a esse gênero textual, a intertextualidade, cujas marcas são
a) aspas, que representam o questionamento parcial de um ponto de vista.
b) citações de autores consagrados, que garantem a autoridade do argumento.
c) construções sintáticas, que privilegiam a coordenação temporal de argumentos.
d) comparações entre dois pontos de vista, que são antagônicos.
e) parênteses, que representam uma digressão para as considerações do autor.
 
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