UNESP 2014 – Questão 16

Linguagens / Português / Língua e Funções / Interpretação de texto
A questão aborda um poema de Raul de Leoni (1895-1926).

A alma das cousas somos nós...
Dentro do eterno giro universal
Das cousas, tudo vai e volta à alma da gente,
Mas, se nesse vaivém tudo parece igual
Nada mais, na verdade,
Nunca mais se repete exatamente...
 
Sim, as cousas são sempre as mesmas na corrente
Que no-las leva e traz, num círculo fatal;
O que varia é o espírito que as sente
Que é imperceptivelmente desigual,
Que sempre as vive diferentemente,
E, assim, a vida é sempre inédita, afinal...
 
Estado de alma em fuga pelas horas,
Tons esquivos e trêmulos, nuanças
Suscetíveis, sutis, que fogem no Íris
Da sensibilidade furta-cor...
E a nossa alma é a expressão fugitiva das cousas
E a vida somos nós, que sempre somos outros!...
Homem inquieto e vão que não repousas!
Para e escuta:
Se as cousas têm espírito, nós somos
Esse espírito efêmero das cousas,
Volúvel e diverso,
Variando, instante a instante, intimamente,
E eternamente,
Dentro da indiferença do Universo!...
( Luz mediterrânea, 1965)
 
Uma leitura atenta do poema permite concluir que seu título representa:
a) a negação dos argumentos defendidos pelo eu lírico.
b) a confirmação do estado de alma disfórico do eu lírico.
c) a síntese das ideias desenvolvidas pelo eu lírico.
d) o reconhecimento da supremacia do homem no mundo.
e) uma afirmação prévia da incapacidade do homem.
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