UNESP 2012 – Questão 7

Linguagens / Português / Língua e Funções / Interpretação de texto
O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor com a web não é mais assim
Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do marketing – produto, praça, preço e promoção – não funcionam mais. O paradigma era simples e unidirecional: as empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma todas essas atividades.
(...) Os produtos agora são customizados em massa, envolvem serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas concepções industriais na definição e marketing de produtos.
(...) Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado, os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores vão oferecer vários preços por um produto, dependendo de condições específicas. Compradores e vendedores trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados, e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos e serviços.
(...) A empresa moderna compete em dois mundos: um físico (a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação (o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não devem preocupar-se com a criação de um website vistoso, mas sim de uma grande comunidade online e com o capital de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta. Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida no espaço mercado-lógico. Uma nova fronteira de comércio é a marketface – a interface entre o marketplace e o marketspace.
(...) Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram “mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder. As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo. Os consumidores com frequência têm acesso a informações sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião pública” online.
Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
D. Tapscott. O fim do marketing. INFO, S. Paulo, Ed. Abril, 2011, p. 22


 
"Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram “mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder".
Nesta passagem do quinto parágrafo, ao empregar a expressão consumidores sem rosto e sem poder, o autor sugere que:
a) nas compras via internet, o consumidor é sempre anônimo.
b) no sistema de marketing tradicional, pensa-se nos consumidores como massa, e não como indivíduos personalizados.
c) a identidade e a opinião do consumidor não interessam a nenhum comerciante, mas apenas as vendas.
d) o anonimato é o princípio fundamental de todo tipo de comércio.
e) o poder do consumidor é proporcional ao dinheiro que possui.
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