Inicialmente parecia um relâmpago, num céu sem nuvens. Mas a onda de calor que surgiu segundos depois começou a derreter tudo o que era sólido, telhados, paredes, casas inteiras. Todos os seres humanos que se encontravam nas proximidades da área em que a bomba detonou foram incinerados e deles só restou a silhueta nos calçamentos das ruas, como se fosse o negativo de uma fotografia.
(Relato de alguns sobreviventes. Antonio Pedro.
In Segunda Guerra Mundial. São Paulo: Atual, 1994)
O poema refere-se à Rosa de Hiroxima como “radioativa, estúpida, inválida”, destacando os efeitos nocivos da radioatividade, um dos subprodutos da energia nuclear e que pode vazar para o ambiente através do lixo atômico ou por acidentes, como o que ocorreu na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Entre as vantagens da energia nuclear, que compensam os perigos de possíveis acidentes, destacam-se:
a) o fato de ser renovável, não causar grandes impactos ambientais, como as hidrelétricas, e não ser fonte de conflitos entre países, pois não é uma fonte finita.
b) a presença, na geração de energia, tanto de capitais privados como estatais, pois as usinas nucleares são investimentos de baixo custo e retorno rápido.
c) o combustível (urânio enriquecido) é relativamente barato, a geração de resíduos é pequena e não há geração de gases que intensificam o efeito estufa.
d) a abundância do combustível (urânio) em todo o mundo, o baixo custo de implantação de usinas nucleares e a tecnologia acessível aos países pobres.
e) o controle internacional sobre a geração de energia nuclear e a legislação ambiental rígida, que restringem a construção de usinas pelos países que não seguem as normas.