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FGV Administração 2011 – Questão 28

Linguagens / Literatura / Realismo e Naturalismo / Realismo / Naturalismo no Brasil
O orador representava a Nação [o Brasil] como um charco de vinte províncias, estagnadas na modorra paludosa da mais desgraçada indiferença. Os germens da vida perdem-se na vasa profunda; à superfície de coágulos de putrefação, borbulha, espaçadamente, o hálito mefítico do miasma, fermentado ao sol, subindo a denegrir o céu, com a vaporização da morte. Os pássaros calados fogem; as poucas árvores próximas no ar pesado, debruçam-se uniformes sobre si mesmas num desânimo vegetativo, que parece crescer, descendo – prosperidade melancólica de salgueiros. O horizonte limpo, remoto, desfere golpes de luz oblíqua, reptil, que resvalam, espelhando faixas paralelas, imóveis, sobre o dormir da lama.
(...)
E não é o teto de brasa dos estios tropicais que nos oprime. Ah! como é profundo o céu do nosso clima material! Que irradiação de escapadas para o pensamento a direção dos nossos astros! O pântano das almas é a fábrica imensa de um grande empresário, organização de artifício, tão longamente elaborada, que dir-se-ia o empenho madrepórico de muitos séculos, dessorando em vez de construir. É a obra moralizadora de um reinado longo, é o transvasamento de um caráter, alagando a perder de vista a superfície moral de um império – o desmancho nauseabundo, esplanado, da tirania mole de um tirano de sebo!...
Raul Pompeia, O Ateneu
Considerando-se tanto o contexto histórico em que surge O Ateneu quanto as opções políticas de seu autor, conclui-se que a crítica áspera proferida pelo locutor do trecho dirige-se, finalmente,
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Desde então procuro descascar fatos, aqui sentado à mesa da sala de jantar (ref.2) Na sentença acima, o processo metafórico se concentra no verbo “descascar”. No contexto, a metáfora expressa em “descascar” tem o seguinte significado: a) reduzir. b) denunciar. c) argumentar. d) compreender.
ENEM Ling (91-135) e Mat (136-180) 2011 – Questão 102
Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no ago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas. O senhor vê: o Zé-Zim, o melhor amigo meeiro meu aqui, risonho e habilidoso. Pergunto: - Zé-Zim, por que é que você não cria...
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