UNICAMP 2017 – Questão 12

Linguagens / Literatura
“São Francisco botava o dedo nas feridas dos leprosos. Mas é que ele era um santo, fazia milagres, e ela é simplesmente Doralice Leitão Leiria, um ser humano como qualquer outro.”
(Érico Veríssimo, Caminhos cruzados.
São Paulo: Companhia de Bolso, 2016, p.77.)
 
“ — Queres seguir a política? Então? Procura imitar Bismarck! Haverá padrão melhor?”
(Idem, p. 290.)
 
Os fragmentos acima captam um dos traços principais de Caminhos cruzados no que diz respeito à identidade narrativa das personagens. Considerando o conjunto do romance, tal traço consiste em uma
a) percepção de que a necessidade de status na vida social e a produção de desejos políticos e religiosos nascem da cópia de um modelo consagrado.
b) afirmação, por meio do narrador, da necessidade de protagonistas bem construídos para o êxito da narrativa ficcional.
c) recusa dos modelos bem sucedidos na vida social, pois eles constrangem a imaginação artística e moral dos romancistas.
d) representação literária da condição humana, que não necessita de figuras imaginárias para atribuir sentido à vida religiosa e política.

Veja outras questões semelhantes:

Base dudow 2000 – Questão 30
"A verdadeira poesia deve inspirar-se num entusiasmo natural e exprimir-se com naturalidade, sendo simples, pastoril, bucolicamente ingênua e inocente." ...
ENEM Regular - Linguagens e Humanas 2020 – Questão 27
Caminhando contra o vento, ...
ENEM 1ºAplicação - Linguagens e Humanas 2021 – Questão 39
Falso moralista ...
ITA 2005 – Questão 59
O livro Claro Enigma, uma das obras mais importantes de Carlos Drummond de Andrade, foi editado em 1951.Desse livro consta o poema a seguir. ...
FUVEST 2009 – Questão 22
Com a frase “como então dizíamos” (ref. 3), o narrador tem por objetivo, principalmente, a) comentar um uso linguístico de época anterior ao presente da narração. b) criticar o uso de um estrangeirismo que caíra em desuso. c) marcar o uso da primeira pessoa do plural. d) registrar a passagem do cavaleiro diante da janela de Capitu. e) condenar o modo como se falava no passado.