FAMEMA 2017 – Questão 10

Linguagens / Português
Leia o texto de Richard Conniff para responder a questão.
 
Consideremos, por exemplo, a questão da morte, que, pelo menos à primeira vista, parece ser um indicador fidedigno de que se perdeu a luta darwiniana. Os ricos também morrem, é claro – só que não tão cedo. Levam uma vida mais longa e mais sadia do que o resto de nós. Diz o velho clichê que todo dinheiro do mundo não significa nada quando não se tem saúde, mas as pessoas endinheiradas geralmente a têm. E, em média, quanto mais dinheiro têm, melhor é sua saúde. O estudo Longitudinal de 1990, no Reino Unido, constatou que os donos de casa própria que têm um automóvel tendem a morrer mais moços do que os que têm dois, e assim sucessivamente, num “gradiente contínuo” de redução de mortalidade que vai das áreas mais desprivilegiadas até as mais opulentas. (O estudo considerou a posse de automóveis meramente como uma medida conveniente da riqueza; não pretendeu implicar que ter vinte carros qualificaria Elton John para a imortalidade.)
Outras pesquisas indicaram que as pessoas abastadas tinham vida mais longa no passado. Numa das mais estranhas pesquisas demográficas de que se tem notícia, uma equipe de epidemiologistas e psicólogos vasculhou o cemitério de Glasgow, em meados dos anos 90, munidos de varas de limpar chaminés. Usaram-nas para medir a altura de mais de oitocentos obeliscos do século XIX. As pessoas enterradas sob os obeliscos tendem a ser abasta das, e os pesquisadores presumiram que os obeliscos mais altos marcariam as sepulturas mais ricas. O estudo revelou que cada metro extra de altura do obelisco traduzia-se em quase dois anos de longevidade adicional para a pessoa sepultada sob ele.
(História natural dos ricos, 2004. Adaptado.)
 
As pessoas enterradas sob os obeliscos tendem a ser abastadas, e os pesquisadores presumiram que os obeliscos mais altos marcariam as sepulturas mais ricas” (2.º parágrafo).
As palavras em destaque indicam que o texto trata, nessa passagem, de
a) uma conclusão indireta, deduzida a partir da pesquisa feita nos obeliscos do século XIX.
b) uma decorrência lógica da pesquisa feita nos obeliscos do século XIX.
c) uma hipótese em que se apoiou a pesquisa feita nos obeliscos do século XIX.
d) uma solução correta para uma das questões da pesquisa feita nos obeliscos do século XIX.
e) uma das motivações que levaram à pesquisa nos obeliscos do século XIX.

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