Base dudow 003 2000 – Questão 57

Linguagens / Português / Língua e Funções / Interpretação de texto
IDENTIDADE CULTURAL: LÍNGUA
E SOBERANA
               Toda a riqueza do conceito de cultura vem da própria origem da palavra, do Latim “cultivare”cultivar. Espíritos mais práticos perguntariam: por que gastar o seu latim nestes tempos descartáveis que vivemos? Uma resposta óbvia – pelo menos para aqueles que lidam diretamente com a língua portuguesa e lutam pela sua preservação – é que ela é conhecida como “a última flor do Lácio”, ou seja, foi a última ramificação do Latim e, por obra e graça de uma pequena nação de desbravadores, Portugal, espalhou-se pelo mundo, fincando raízes na América do Sul (Brasil), na África (Angola, Moçambique) e na Ásia (Goa, na Índia; Macau, na China; e Timor Leste, na Indonésia), tornando-se, entre as 6000 línguas do mundo, aquela falada por 200 milhões de pessoas – o rico universo da lusofonia. (...)
      Para avaliar a importância atual da língua portuguesa, bastam dois dados concretos: ela é hoje falada por 4% da população mundial, numa área de aproximadamente 8% do globo terrestre. Pensando no caso do Brasil, país de dimensões continentais que detém o maior continente de pessoas falando o português, devemos estar atentos para o fato de que a língua entre nós é uma entidade viva, num processo de constante mutação.
             A explosão audiovisual promovida por novos meios de comunicação, como o cinema, o rádio e a televisão, e, mais recentemente, a revolução provocada pelos computadores e pela internet, tendem a produzir,  a todo o momento, palavras novas na língua e a “deletar” as antigas. A nossa opção de “bom português” não deve mais ser regida pela noção de “certo” e “errado”, mas pelos conceitos de “adequado” e “inadequado”.
              Não podemos nunca defender a existência de um  apatheid linguístico, separando o falar do rico e o do pobre. Temos uma realidade plurilinguística, levando em conta basicamente que a norma culta deve  ser obedecida, sobretudo nos códigos escritos. A compreensão desse fato enseja uma profunda mudança no ensino do português, sabendo-se que é o povo que faz a língua. Pode-se concluir daí que a leitura liberta e nos leva a conhecer melhor o mundo, o outro e a nós mesmos. A linguagem manifesta a liberdade criadora do homem.
Arnaldo Niskier – FOLHA DE S. PAULO
A palavra lusofonia, no texto, refere-se ao conjunto de:
a) falantes da língua portuguesa.
b) sons da língua portuguesa.
c) simpatizantes da língua portuguesa.
d) dialetos da língua portuguesa.
e) origem da língua portuguesa

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Assinale a alternativa em que os pronomes estão empregados de acordo com a norma culta.a) Euclydes da Cunha é enviado para cobrir a Guerra e de fato consegue lhe cobrir.b) Não quer apenas registrar os acontecimentos, quer registrar eles com precisão. c) As expedições destinadas a derrubar Antônio Conselheiro não derrubam-no. d) A aldeia queria se opor à República, e efetivamente o fez. e) Pretendia documentar as expedições e conseguiu fazê-las.
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De acordo com o texto, é correto afirmar que hoje a) é flagrante a banalização das relações afetivas e do sexo. b) o jovem tem, na realidade, menos liberdade sexual. c) a sexualidade do jovem está isenta de preconceito. d) a repressão sexual é mais explícita que no passado. e) as mudanças sexuais têm sido cada vez mais proteladas.
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Assinalar a forma correta do plural de “O cristão vê no cesto apenas um peixinho e um pãozinho”: a) Os cristãos vêem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãezinhos. b) Os cristões vêm nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãezinhos. c) Os cristãos vêm nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãozinhos. d) Os cristãos veem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãezinhos. e) Os cristães vêem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãozinhos.
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Considere as afirmações. ...
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1) Em relação ao Texto 1, assinale a opção que contém a ideia que NÃO pode ser pressuposta. a) Hoje, no Brasil, existem analfabetos. b) Nem todos os brasileiros têm instrução primária. c) Existe uma procura crescente pelo ensino secundário. d) O poder público não investe no ensino médio e superior. e) Atualmente, o saber questionador é incomum nos espaços escolares.